Entro em meus silêncios e em prantos recolho-me as minhas metades que gritam em palavras. Palavras... essas pobres metáforas sem sentido que estremecem a minha inteligência e todas as minhas memórias vazias. Desço até a última gota de lágrima em um silêncio profundo, para escutar o meu prato além dos ecos da terra.
Tag: Minhas Marés
Dizem por aí que o calendário virou. Ainda não passei pela transição do mês, mas a verdade é que tenho páginas de um diário antigo para revisitar e outro novinho à espera de palavras deste tempo.
Quebrada, em ruínas / fracionada / em retalhos / abandonada entre / o verbo e o pronome / perco-me nas fissuras / do meu existir / no deserto / de todas as emoções / meu frágil ser / aspira o cheiro / salgado que esvai de mim.
Toda vez que atravesso a cidade vivo a divagar pelos seus corredores e a observar destinos ilusórios...
Maio insinua / detalhes do / horizonte a viajar / pela imensidão sem / levantar os pés.
Guardo-te dentro das minhas palavras inteiras.