Eu guardo o domingo entre os cheiros de maçã, os versos no armário, as conversas na calçada, o encontro das saudades, a leitura a beira mar… Eu guardo domingo brincado de versos, escrevendo em muros e desenhando a paixão de um verso que toca no rádio. Eu guardo o domingo
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“Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência
No desequilíbrio dos mares, as proas giram sozinhas… Numa das naves que afundaram é que certamente tu vinhas. Eu te esperei todos os séculos sem desespero e sem desgosto, e morri de infinitas mortes guardando sempre o mesmo rosto. Quando as ondas te carregaram meu olhos, entre águas e areias,
Não importa quão forte e agitado esteja o mar, sempre haverá um porto, um lugar seguro para ancorar… “Se meu barco foi ao fundo do mar, Se encontrou ventos cruéis, Ou se em ilhas encantadas Recolheu suas velas dóceis; Ou em que místicos portos Hoje ele ancora — Esta a
“Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira. Uma parte de mim almoça e janta: outra parte se espanta. Uma parte de mim é
Ontem postei alguns versos que foram tecidos numa tal embriaguês poética e que renderam elogios belíssimos. A cada comentário eu estampava um sorrriso de orelha a orelha no rosto, fiquei feliz demais. A Du, num impulso soltou um palavrão, e quando ela faz isso é porque ficou bom demais. A