Por Suzana Martins e Dulce Miller Anoiteceu inverno. Amanheceu uma estação qualquer. Ela não percebeu que o dia havia chegado. E assim, descobriu que tinha se exilado entre muros rendilhados. Abriu os olhos. Sua derme sentia a delicadeza da brisa fria que soprava entre aquelas paredes que havia criado. Ali,
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“E quando vem assim, nessa urgência Elas se jogam, pulam, brincam, Saltam nas linhas em grande festa. Com sorriso escrito, volto a ser palavra Será que é isso que chamam poesia? Ou será isso somente o delírio do poeta?” Fátima, do blog Alma à flor da pele Perdi a mão.
Leva-me para dentro de ti. Leve os meus beijos, pois eles te pertencem. Leve os meus sorrisos, os meus abraços, leva-me inteira para dentro de tuas mãos. Leve o meu aroma, o meu sexo. Leva-me como se eu estivesse dentro dos teus passos. Leva-me e me transforme em marés secretas
“gesto antigo gostar de você parecer comigo” Alice Ruiz, livro Desorientais
Olhei ao longe e vi vales cercando a terra. Tinha visto até, entre pingos de chuva, um sol dourado trazendo lembranças de outros mares. Porém, meus olhos não fotografaram belezas solares. Aquelas planícies douradas pareciam parar os meus olhos. O tempo ali, não corria; caminhava entre as aves e desfilava
“Vou descansar meus olhos em coisas delicadas, afinal quando as palavras nos pedem colo, o silêncio na ótica das imagens faz-se casa para abrigar sentimentos”. [Fernanda Fraga] A preciosidade de algumas palavras ficou perdida pelas estradas que passaram diante dos meus olhos. Repetidas vezes tentei encontrá-la, mas, me perdi sob