quando repouso letras no papel, as palavras cantam e revelam o silêncio de todas as minhas vontades.
#divagando, e só
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O nome da minha saudade / está escrito numa poesia / que, mesmo sem rima, / ilumina.
Caminho distraída, apenas contemplo a existência natural das coisas espalhadas. Observo um pássaro que voa livre de uma árvore para outra e ignoro a reclamação da senhora mal humorada que fala algo sobre a sujeira das árvores e a algazarra das maritacas.
No fim do papel é possível encontrar páginas inteiras de versos rasgados que ficaram pela metade no vocábulo inteiro de um voo imperfeito. Esqueceu até que para abrir as asas e encarar o vento não precisa tirar os pés do chão.
Escrever é despir a alma, é rasgar a derme, é atravessar caminhos. Escrever é entrega. É compor o sentimento e, sem nenhum pudor, deixar que as letras ultrapassem o querer. Escrever é transpor em sonetos o que as mãos e os olhos não conseguem dizer. Escrever é trova, é prosa!
Hoje, num arranha-céu de saudades, feito estrelas que passeiam pelo universo, escorreu outono pela minha janela. E de longe, feito um pretérito nostálgico, avistei as flores que eram banhadas pela chuva… Chuvas de outono com aromas de inverno. Chuvas coloridas. Gotas de sentimento! Chove estrelas, e a derme abraça o outono que reinventa cores