Pudesse eu inventar palavras, inventar poemas. Palavras doces, poemas puros sem intenção alguma. Não tenho palavras inventadas, tenho apenas a letra da canção que toca no rádio, sem pureza cheia de desejo e pretensão. Pudesse eu inventar versos que coubessem dentro do livro. Páginas inteiras de contos que contam o
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Pergunto-te onde se acha a minha vida Pergunto-te onde se acha a minha vida. Em que dia fui eu. Que hora existiu formada de uma verdade minha bem possuída Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada. E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida por esperanças hereditárias?
Sopra o vento sobre as nuvens numa tarde tecida de fios de incerteza. Sopra a noite sob as nuvens num entardecer em que o sol se reinventa… Sopra a madrugada numa manhã de chuvas e sol pincelado de sonhos. O sopro e todas as suas ilusões: é ali onde me
Em minha derme escorre tendências tuas que despertam desejos impostos por ti. Absorvo a luxúria que exala de nós e rezo todas as noites, pedindo aos deuses: ‘não permitas que tal pecado afaste-se dos nossos corpos’… Quero teu corpo sobre o meu, quero teus lábios em minha pele. Quero teu
Estás tão longe de mim, mas mesmo fora, a tua alma que um dia julguei minha, mora na calma de nossa cumplicidade. E eu, que outrora, quis ser apenas sua, sem falsas máscaras ou disfarces sedutores, encontro-me perdida no meio das palavras abertas e dos sorrisos absortos… Sei-te apenas no
Gosto das tuas indiretas escritas em folhas de sedução espalhando em minha derme versos grifados em subtextos que secretamente revelam nossos pronomes. Gosto de ler as entrelinhas escritas dentro no teu olhar, e todas aquelas frases indiretas que chegam direto a mim num tempo imperfeito de um pulsar sem fim.