Encontro-me parada, / escoltada em pensamentos antigos / que desmoronam com o passar do vento / tal qual castelos de areia, / daquela praia que um dia pisei / ou dos abraços apertados / nos braços que pousei. / Parada ali, relembro rimas antigas / de um poema velho jogado / nas páginas de um diário qualquer.
Tag: poesia autoral
Rasguei o verbo / cortei a carne
sangrei / perdi a voz / morri lentamente / no abismo do / teu poema sem fim.
O teu toque / é o meu arrepio, / o teu beijo / é o meu verso / sem rima / abraçado ao / teu poema / que pulsa na / ponta do sentir.
Deixa a chuva cair /inundar tempestades /desaguar a paz do sol /que importa? /os meus abandonos /acesos /imersos /intensos /a guiar a cidade vazia.
Percebo-me na gota suave / do teu suor / na tua pitada de sal / nos teus grãos de areia / na tua pele solar / e nos teus lábios / a confidenciar maresia.
Morri hoje / na metade da palavra / na conjugação imperfeita / no meio do sentir inócuo / arrancado e mim.