As horas passaram feito tempestade pelos meus ponteiros incendiando um tempo que não atravessa paredes; horas mórbidas, horas frias, horas incontáveis que atropelam os oceanos em raios e trovoadas… Despeço-me apenas dos segundos sem poder contá-los. Onde está o tempo? Onde as horas foram parar? As lágrimas escorrem feito saudade
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Bem ali, no eco, onde os gritos do meu silêncio fazem barulhos, existem alguns limites que imitam sonhos. Miragem? Talvez! – não sei! Sonhos não se limitam, apenas concretizam momentos inventados. E assim, fujo de mim, mas não encontro absolutamente nada… Porém, nesses dias intermináveis pintados de azul, nasce em
“Não me peças que cante, pois ando longe, pois ando agora muito esquecida. Vou mirando no bosque o arroio claro e a provisória flor escondida.” (Cecília Meireles) Cecília Meireles desperta em mim as melhores sensações que existem… Entre as horas que correm apressadas num dia de sol, finjo ser outono
Espalham-se asas pelo céu, pelos mares, por todos os lugares. Asas de anjos, se é que eles existem, asas de pássaros que brincam de voar na imensidão, asas de uma menina que não entende a solidão. Há asas por todos os lados asas que brincam asas que pintam asas que
Canção No desequilíbrio dos mares, as proas giram sozinhas… Numa das naves que afundaram é que certamente tu vinhas. Eu te esperei todos os séculos sem desespero e sem desgosto, e morri de infinitas mortes guardando sempre o mesmo rosto. Quando as ondas te carregaram meus olhos, entre águas e
Eu ansiava voar como os pássaros na imensidão do céu… Imitei vôos livres que pareciam asas de águia tatuadas em minhas costas como uma simples farpa da existência da liberdade cravada em mim… Sem penas e asas escorreu o voar dormente, num véu opaco, gradeando a liberdade. Tão sentidas, as