As palavras deixadas no jardim / foram adubadas / irrigadas / infiltradas / pela tua letra tardia / escrita num inverno / carregado de espinhos.
Tag: poesias
Teu corpo ardente / pele quente / em chamasem brasas / a chamar pelo meu querer / aquele / tatuado em tua carne nua.
Chove no silêncio / das minhas letras / abstratas / esse sentir ambíguo / a consumir a minha derme / que pulsa além das cores.
Caminhei à margem / do poema infame, / inacabado / incompleto / delirante / cheio de rupturas / e incertezas / da alma.
Imperfeita que sou / deixo traços meus / espalhados pelas / páginas desertas / a acumular sentimentos /e sensações que /atravessam o corpo.
Fui consumida / pelo rasgo infinito / da tua letra ferida. / Morri lentamente / esquecida no canto da sala / sem sentir o ar / a exalar pelos pulmões.