#devaneio: foram às conversas sobre detalhes, os olhares, as mãos, os sorrisos e tanta troca de carinho, que transformou o silêncio e letras. Na construção das palavras, nas falas silenciosas, na canção que paira em cada olhar… nascem desejos e versos que ultrapassam o entender. Não há nada melhor que
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Pudesse eu inventar palavras, inventar poemas. Palavras doces, poemas puros sem intenção alguma. Não tenho palavras inventadas, tenho apenas a letra da canção que toca no rádio, sem pureza cheia de desejo e pretensão. Pudesse eu inventar versos que coubessem dentro do livro. Páginas inteiras de contos que contam o
Sopra o vento sobre as nuvens numa tarde tecida de fios de incerteza. Sopra a noite sob as nuvens num entardecer em que o sol se reinventa… Sopra a madrugada numa manhã de chuvas e sol pincelado de sonhos. O sopro e todas as suas ilusões: é ali onde me
Em minha derme escorre tendências tuas que despertam desejos impostos por ti. Absorvo a luxúria que exala de nós e rezo todas as noites, pedindo aos deuses: ‘não permitas que tal pecado afaste-se dos nossos corpos’… Quero teu corpo sobre o meu, quero teus lábios em minha pele. Quero teu
Gosto das tuas indiretas escritas em folhas de sedução espalhando em minha derme versos grifados em subtextos que secretamente revelam nossos pronomes. Gosto de ler as entrelinhas escritas dentro no teu olhar, e todas aquelas frases indiretas que chegam direto a mim num tempo imperfeito de um pulsar sem fim.
Quero escrever no avesso da folha a palavra incorreta, o verso derramado o sentir errado sem ter medo do que é revelado. Quero revirar-me ao avesso, sem verso ou reverso no inverso do meu universo em mim. Quero dizer o som mudo, o poema calado, o pulsar que ficou guardado