Aos poucos adapto-me aos mesmos lugares; aos poucos acostumo com a solitária letra, aquela, que escorre entre os olhos. Aos poucos redescubro-me fora de mim. Pouco a pouco, bem devagar, redescubro-me do lado de dentro, no íntimo daquele mundo, que rabisquei antes de partir. As minhas asas? Quebraram antes que
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Senhor Mário eu bem que tentei, mas não consegui fingir… Não me julgue! Quinta-na chuva. Eu bem que tentei… Responde Mário, isso é fingir? Quintana a vida incomodou… – “tudo aquilo teria mesmo tanta importância?”* Não! Eu confesso Mário: Quinta-na rua Apertei o passo, perdi a feira, esqueci o compasso…
Era só um verso que, por sofrer de amor, fugiu… e de tristeza, partiu… Um único verso esquecido dentro do poema perdido e que de amor havia morrido… Suzana Martins – 01/2015
Rasgou. Deixou em pedaços. Exilou todas as palavras. Partiu. Não como se faz em despedidas, mas sim como quem quebra algo e joga fora sem qualquer ressentimento. Recortou todas as letras. Verso por verso. Música por música. Metáfora por metáfora. Rasgou. Pedaço por pedaço. Centímetro por centímetro. Metades por metades.
Estás tão longe de mim, mas mesmo fora, a tua alma que um dia julguei minha, mora na calma de nossa cumplicidade. E eu, que outrora, quis ser apenas sua, sem falsas máscaras ou disfarces sedutores, encontro-me perdida no meio das palavras abertas e dos sorrisos absortos… Sei-te apenas no