Antes do negro abraçar o céu por completo ele reinventa-se em vários tons de azul e cinza. Às vezes, dependendo da época do ano, é possível avistar amarelo, laranja, violeta e outras cores a deslumbra-se no infinito. Aprendi a amar o céu quando reverenciei o mar.
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Caminho distraída, apenas contemplo a existência natural das coisas espalhadas. Observo um pássaro que voa livre de uma árvore para outra e ignoro a reclamação da senhora mal humorada que fala algo sobre a sujeira das árvores e a algazarra das maritacas.
Fez-se primaverano detalhe do verso,no pólen,nas pétalas tatuadase na delicadeza suaveda brisa que amanheceem flor. Fez-se poesiana nuance primaverildo poema e noaroma delicado do orvalhoque desfila pelo quintal. Fez-se primaveraà flor do poemadedilhado na peleem pétalas de amor. Fez-se versona miudeza da rosano sopro do verbo eno equinócio perfumadoque acabou
“A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer. Mais senso
“Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.” (Cecília Meireles) Arrumei as flores da janela, enfeitei o jardim e fiquei a observar a chuva que caia levemente imitando formas que esvaziavam as dores que não cabiam em mim; e o vento, ia levando para bem