Tenho dentro de mim milhares de saudades que se acumularam ao longo tempo. Vez ou outra, em tardes que parecem de outono, essas saudades evaporam da minha derme e exalam sentimentos que ultrapassam a minha capacidade de entendimento. São sensações desgastadas em letras de papel que desenham um universo que
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Às vezes temo pelas minhas palavras; elas, em momentos inoportunos, fogem de mim como lágrimas fugindo dos olhos. Penso, muitas vezes, que as letras não vigiam mais os meus versos tortos que um dia escrevi entre as areias de um litoral nostálgico. Percorro os versos rasgados num outono de letras
“As espumas desmanchadas sobem-me pela janela, correndo em jogos selvagens de corça e estrela. Pastam nuvens no ar cinzento: bois aereos, calmos, tristes, que lavram esquecimento.” (Dia de Chuva – Cecília Meireles) Aos poucos, as coisas estão voltando à sua normalidade. Depois do Ano novo, das despedidas, dos reencontros, do
“Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.” (Cecília Meireles) Arrumei as flores da janela, enfeitei o jardim e fiquei a observar a chuva que caia levemente imitando formas que esvaziavam as dores que não cabiam em mim; e o vento, ia levando para bem
Eu sinto saudades miúdas, saudades grandes e faltas absurdas. Eu tenho saudades de todos os tipos: alegres, tristes, nostálgicas, vazias, completas e tantas outras acumuladas em eticetras sentimentais. Trago dentro de mim saudades que caminham na ponta dos pés e saudades que pisam forte trazendo barulhos pra alma. Cubro-me de
“Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei Pra você correr macio… Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei Pra você correr macio Como zune um novo sedã.” (Pato Fu) Das notas de rodapé resta-me apenas os rascunhos de uma saudade que foi acumulando durante