A xícara estava vazia.Não havia resquícios de nada.Nem uma gota de chá, ou até mesmo café.Vazia. Nada.Seca. Oca.Poderia ter ecos, sussurros de sabores.Ou até mesmo lembranças de aromas.Mas, não havia nada ali.O que se via era a secura da louçacravando a solidão do objetonuma mesa vazia de letras. Nada! Lembranças?
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Diz: onde é o horizonte? Onde estão as minhas asas, aquelas que entreguei a ti? diz-me: onde é que encontro o mar? Olhe em meus olhos, rodeado de estrelas e diz que estarás comigo… Diga apenas que caminharás ao meu lado caminho sobre caminho, rocha sobre rocha até que, na
Por Suzana Martins e Dulce Miller Anoiteceu inverno. Amanheceu uma estação qualquer. Ela não percebeu que o dia havia chegado. E assim, descobriu que tinha se exilado entre muros rendilhados. Abriu os olhos. Sua derme sentia a delicadeza da brisa fria que soprava entre aquelas paredes que havia criado. Ali,
“Contam que toda tristeza Que tem na Bahia Nasceu de uns olhos morenos Molhados de mar. Não sei se é conto de areia Ou se é fantasia Que a luz da candeia alumia Pra gente contar”. [Clara Nunes] A minha segunda pele, esse mar baiano, reflete uma saudade encantada
E eu precisaria de muito mais outonos para preencher as palavras que ficaram por dizer… Das lembranças acumuladas, restam-me apenas os sorrisos, as memórias, as saudades e uma brisa no final da tarde. Da nostalgia daquela canção, restam-me as letras, o sorriso no canto do rosto, as lágrimas necessárias e
“E quando vem assim, nessa urgência Elas se jogam, pulam, brincam, Saltam nas linhas em grande festa. Com sorriso escrito, volto a ser palavra Será que é isso que chamam poesia? Ou será isso somente o delírio do poeta?” Fátima, do blog Alma à flor da pele Perdi a mão.