Não há pressa na contemplação dos espaços. Na calmaria do ar, ouço ecoar o silêncio que escorre na metade de cá do universo. Um céu negro. Traços de planetas a cintilar pela via láctea. Sombras a bordar a paisagem. E pequenas gotas de tempo a ultrapassar a órbita das coisas.
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Fui consumida / pelo rasgo infinito / da tua letra ferida. / Morri lentamente / esquecida no canto da sala / sem sentir o ar / a exalar pelos pulmões.
O meu caminhar é livre. A minha imaginação é um gole boêmio a compensar os meus delírios e os atrasos de todos os meus passos.
Tenho vários rituais que abraçam os meus dias. Desde os palpáveis, aqueles podem ser fotografados e registrados, até aqueles abstratos cujas as lentes não alcançam. Alguns ficam no movimento do corpo, na amplitude do olhar e na expressão do dia a dia.
Morri hoje / em teus braços / no tempo oculto / da tua derme / a enroscar / o arrepio / da minha vontade.
O dia / a correr em diálogos / a ferir o tempo caótico / incerto, / calado / fechado / marcado / pelas minhas letras / tatuadas no papel.