A poesia de Suzana Martins em (in)versos é fôlego curto… escrita silenciosa que vai ecoando pelos cantos do corpo e se espalhando pelo espaço, feito neblina a cobrir casas-prédios: “o que um dia eu fui ficou naquela paisagem árida do sertão de minha existência” e vai se precipitando por caminhos que se oferecem a nós, como um mapa onde se precisa marcar territórios conquistados “o mundo lá fora explode no arrepio profundo do ser.
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Ajoelhei. Pedi perdão. Era tarde. Revelou-se o meu pecadonas entrelinhas do poema. Fui condenada: escrever em solidão.
Eu não sei precisar quando comecei a colecionar folhas. Sei apenas que elas chamam a minha atenção quando estão deitadas em alguma rua-asfalto-paisagem. Por mais que eu tente, não sei narrar quando – pelo meu caminho – esses detalhes cheios de nervuras, largados no chão, despertou o meu contentamento. Acredito
Mulher matéria, /
substantivo e verbo, /
concreta e abstrata, /
subjetiva, viva, /
Mulher!
Tenho tantas coisas para lhe dizer, Anita. Falar de como a sua coragem contribuiu para que pudéssemos mergulhar no mundo das artes. Dizer como a tua força feminina contribuiu para o nosso encontro com as tintas, pinceis e letras. A sua passagem e convívio com os vanguardistas valeram a pena.
Fez-se primaverano detalhe do verso,no pólen,nas pétalas tatuadase na delicadeza suaveda brisa que amanheceem flor. Fez-se poesiana nuance primaverildo poema e noaroma delicado do orvalhoque desfila pelo quintal. Fez-se primaveraà flor do poemadedilhado na peleem pétalas de amor. Fez-se versona miudeza da rosano sopro do verbo eno equinócio perfumadoque acabou