De agora em diante escreverei carta de amor, sonetos de saudade e todas as teorias impossíveis de um sentimento real no imaginário do ser… Hoje, somente hoje, escreverei folhas ao avesso. Amanhã, talvez, estarei à sua janela numa serenata de versos clichês… De agora em diante serei eternamente sua num
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Aos poucos adapto-me aos mesmos lugares; aos poucos acostumo com a solitária letra, aquela, que escorre entre os olhos. Aos poucos redescubro-me fora de mim. Pouco a pouco, bem devagar, redescubro-me do lado de dentro, no íntimo daquele mundo, que rabisquei antes de partir. As minhas asas? Quebraram antes que
A chuva veio rasgou as árvores levou a luz molhou a terra rodopiou tempestades. A chuva veio deixou o vento levou o lamento. A chuva veio enquanto eu brincava com o tempo… Suzana Martins – 01/2015 Imagem: tumblr
Rasgou, Sangrou, Feriu… Tal qual flecha no peito, Com ilusões perdidas, Deixou o verso ferido… Rasgou… As palavras silenciosas Rasgaram os versos E aquelas esperanças Sem verdadeiras intenções… Feriu… No avesso do coração Há sempre uma ferida aberta Sem qualquer metáfora amorosa… Sangrou… O verso é sempre Um pulsar sangrando
Revelo-me agora, por inteira, Sem trégua, sem medo. Revelo o meu segredo, O meu querer, O meu desejo… Revelo-me a ti! Peço pelo teu beijo, Peço teu sexo… Entrego-me a este desejo Sem medo, sem pudor! Peço! Despeço! Imploro pelo teu sexo, Sem nexo! Convexo! Disperso… Revelo-me agora, por inteira,
Tua boca Teu sexo Vontade louca Teu desejo em mim. Minha língua, faceira, Passeia pelo teu corpo Procurando um doce e belo Abrigo. Teu toque Meu sentir Teu corpo Desejo sem fim. Tua derme Minha boca Tua língua passeando em mim… Suzana Martins – 01/2016 Fotografia: Peter Coulson Photographer