Ainda há um sorriso nos lábios. Resta-me também um pouco de felicidade e algumas horas de gargalhada. Dos olhos sobraram algumas lágrimas secas que foram guardadas em cadernos de capa dura. Em minhas falas encontro todas as lembranças que caminhavam lentamente pelas areias da praia a contar estrelas. De tudo,
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Gritei. Chorei. Rasguei lamentos, pranto de dor! Desilusão. Solidão. Restos de amor! Rasguei as letras, quebrei as rimas, joguei fora o sentir. Sangrei. Rasguei a alma, pranto sem calma… Restos de ti! Chorei. Gritei. Triste lamento lágrimas de tormento Gritei. Chorei Ecoou mágoas. Tristes lágrimas jogadas no chão. Canto o
Corre o tempo, correm os ponteiros do relógio que muda a cada estação. Corre o tempo e o vento leva a dor e traz o riso que escorre entre artérias e pulsa no coração. Passam as horas, vira-se a página, corre a vida em cada esquina sofrendo mutações Existe o
Quisera eu ser tua palavra nua entregue sem pudor vertente de amor. Quisera eu ser tua página nua entregue exalando prazer incendiando o querer. Quisera eu ser tua completamente nua néctar de desejo gozo, pele lascívia, sexo, amor sedução corpo entregue luxúria e paixão. Suzana Martins – 01/2015
Choveu nas cinzas das horas. O tempo, esse descontrolado ponteiro, esquece o pragmático mundo e rodopia metáforas sensoriais. Há aromas conotativos no existir. Chove. Pulsa. Goteja. As árvores dançam. Os pássaros cantam. Tango. Samba. Fado. Bossa. Nova. Nossa. Observa ritmos. Escreve meio verso. Apaga meia nota. Canta. Dança. Chora. Melancólica
São Paulo. Terra da garoa. Tempestades de solidão. Pauliceia desvairada. Estou aqui brincando com as letras tentando escrever versos sobre essa cidade que é tão acolhedora e segura de si. A verdade é que nada vem entre os dedos, ou melhor, vem e depois volta para qualquer lugar onde não