O coração fora da página, além do verbo, a pulsar no meio da palavra abstrata. O sentir a evaporar pelos poros de toda minha existência.
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Eu guardo o domingo / nas preces das palavras sentidas / no convexo avesso de mim.
O poema era um eco / um porto seguro / um verso de sol / a redesenhar
saudades do mar.
Os ponteiros não andam. A espera atrasa. Penso em ti e um sorriso incendeia os meus lábios. Conto as horas para esquecer-me no teu abraço e no meio do tempo de um verbo que conjuga paixão. No compasso da espera, diluindo a saudade, conto os minutos de uma chegada que anuncia amor eterno.
Lembranças azuis tal qual o mar ao amanhecer, ou feito aqueles dias alaranjados que imitam um outono solitário. Aqui dentro do peito também acumulam saudades de mim e de todos os meus eus, grandes, pequenos, adolescentes, chatos, sorridentes, metidos... Nostalgia apertada daquelas que provocam a falta de ar.
Não te falei de como as minhas asas são frágeis, nem nunca cantarolei todas as minhas palavras disfarçadas de violões para que não as reconhecesses como minhas.