Observei a chuva que escorria diante dos meus olhos. As suas gotas teciam letras que a minha alma lia espontaneamente.

No embalo dessas letras, tentava compor versos, mas eles hoje se ausentam de mim. As palavras resmungaram ao meu ouvido: a inspiração é mesmo assim… Um dia você é letra, no outro é papel.

Há dias em que as palavras escorrem sem questionar nada, apenas escrevem no papel: sonhos e rimas.

Em algumas estações os rascunhos são fartos: são como músicas que tocam o coração sem ser interrompida. Porém, em outros momentos, a inspiração adormece e as letras descansam no papel: querem ser apenas observadas, apreciadas…

Hoje eu sou letra: apenas leio, observo, absorvo. O papel? Onde está? Descendo rua abaixo, carregado pela enxurrada que o leva em direção ao mar.
Quem sabe um outro escritor/poeta as encontre e faça delas o uso que infelizmente não posso fazer…

Ao meu redor, encontro apenas versos escritos no inverno passado, poemas antigos que aqueceram o papel em noites cheias de pretéritos.

Chove em meus escritos, faz frio lá fora e o presente não é meu amigo: hoje eu apenas leio as poesias que escorrem nas gotas da chuva!

A postagem original você encontra aqui.

Hoje não tenho palavras para agradecer todo o carinho de vocês, toda a atenção dos meus amigos. Obrigada, apenas obrigada a todos. Obrigada pelas homenagens de aniversário, pelos abraços, pelos comentários, emails, telefonemas e sorrisos. Obrigada pela presença!! Sintam-se todos abraçados!!

Beijos