uma vírgula
Tenho dentro de mim milhares de saudades que se acumularam ao longo tempo. Vez ou outra, em tardes que parecem de outono, essas saudades evaporam da minha derme e exalam sentimentos que ultrapassam a minha capacidade de entendimento. São sensações desgastadas em letras de papel que desenham um universo que é só meu. Não é tristeza, é apenas um sentimento que não se explica – se é que sentimentos podem ser explicados – sentimentalidades que pulsam dentro das minhas artérias que tocam uma sonata qualquer. Parece até o ciclo marés dentro dessas estações lunares… Sou assim, esse abstrato de mim. Sou até sentimental demais para uma aspirante a escritora de versos frágeis. Escorrem em mim sensações que só eu, ou nem eu mesma, sou capaz de entender. Coisas de alguém que vive em uma estação, mas sempre com as letras escritas no mar… Acumulam em mim sensações e saudades de outrora que só o meu interior é capaz de caminhar. Sou um ser carregado de saudades e sensações sentimentaloides…
lis
Linda a imagem e o poema .Compartilho dessa saudade que chega e sempre se instala…
Bom te ler Suzana, com todas as vírgulas e sentimentos vários.
Abraços