O filme é mais uma comédia romântica para a minha lista de indicações (como se vê, eu adoro comédias românticas!), mas até a metade ele está mais para comédia do que para romance. Sandra Bullock e Ryan Reynolds estão ótimos como o casal Margaret e Andrew, de modo que os clichês básicos do gênero conseguem até soar originais.
A Proposta conta a história de uma executiva canadense, bem-sucedida editora de livros, que trabalha nos Estados Unidos até que a imigração ameaça deportá-la. A poderosíssima editora, então, finge estar noiva de seu fiel, explorado e humilhado assistente Andrew, com quem trabalha há muitos anos. Assustado com a possibilidade de ser preso, caso a imigração descubra a farsa, ele se recusa a participar do plano, mas ela então ameaça demiti-lo e arruinar seus planos de um dia ser um grande editor de livros. Com algumas condições, ele aceita “a proposta”.
Uma vez acertadas as condições do acordo e diante das desconfianças do oficial da imigração, eles viajam para o Alasca para conhecer a excêntrica família de Andrew, comunicar a todos sobre o noivado e, obviamente, se conhecerem melhor. (Como funcionário modelo, ele sabe tudo sobre ela, mas ela mal sabe o sobrenome dele).
É durante a viagem que a maior do filme se desenrola e as situações mais cômicas acontecem, sobretudo, depois que a família decide realizar o casamento naquele mesmo fim-de-semana, no dia do aniversário da vovó.
Em diversos momentos do filme, Margaret faz lembrar a agente do FBI, Gracie Hart (Miss Simpatia), pelas piadinhas sarcásticas e pelas expressões faciais e, pensando bem, as duas personagens até tem mesmo coisas em comum. As duas são “duronas”, bem-resolvidas e no final ficam com o galãzinho do filme, dispensando-se o diminutivo para Ryan Reynolds, que nesse filme não tem absolutamente nada de “inho”.
O final é previsível (lógico!), mas essa é a graça das comédias românticas. Ou vai dizer que alguém assiste comédia romântica torcendo para o casal terminar separado, cheio de traumas e fazendo análise?!

Este artigo pertence ao blog “Entre Marés”.

Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.