BEDA – (in)certezas

Dentro de mim há incertezas concretas
teorias abstratas, palavras opacas
e certezas rasgadas entre o verso
que li na esquina do tempo
e a prosa que rasurava o verbo
das minhas páginas ilusórias.

Não há conotações!

O denotativo é um poema
abandonado no chão da lauda vazia.
Não sei até quando as palavras
sobreviverão ao caos da minha existência.
Sou imperfeita!
Sou feita de reticências, vírgulas
interrogações e interrupções.

Há em mim milhares de incertezas acumuladas
que fragmentei em pequenos parágrafos
daquilo que poderia ser um poema obsoleto.

Suzana Martins


Abril é o mês do BEDA, participam comigo:
Lunna GuedesMariana GouveiaRoseli PedrosoObdúlio Nuñes Ortega