Convidada: @carmenrdias
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Sexta-feira dia de ‘Nossas Marés’. Dia de arrumar a casa e receber os amigos. Dia de ancorar o barco, sentar na areia, ler poesias, recitar versos e deixar a música absorver o dia. Maresia!

Hoje o  blog Entre Marés tem a honra de receber a poeta Carmen Regina Dias a autora do blog Divã (link).

Seja muito bem-vinda Carmen!!

E o amor, que é imortal, renasce.

O amor é um tambor pequenino, brinquedo de menino,
esse deus que me olha sereno de dentro dos meus sonhos e me sorri,
porque tudo é sonho e nada é para sempre.

Ele é o estado de graça que faz as deusas serem belas,
ele é o aroma que as faz perfumadas e meigas.
Ele povoa os seus pensamentos, seus sentimentos e sensações
com poesias que só às deusas são ofertadas.
Ele as atrai como o mel atrai as abelhas, ele fascina suas almas de meninas
e as leva para brincar aos pés daquele riacho que nasce na fonte do seu coração
e corre sem fim dentro de tudo que existe.

O amor nunca morre e, no entanto, renasce todos os dias
no mesmo instante em que o sol irrompe, os pássaros se põem a cantar
e as fadinhas se levantam para dançar sobre as gotas de orvalho das manhãs.
Quando a alma desponta no horizonte do poeta, ele é o dourado que a tudo permeia,
é a melodia tocando suave a natureza das coisas.

O amor renasce toda vez que o poeta abre as asas e suas mãos se põem a extrair
poesia macia das pedras mais duras, transformando-as em bolhas cintilantes
só para circundarem os corpos das deusas quando o inspira a poesia.
Das ondinas, essas ondas do a mar, pequeninas, ele fez um xale e colocou em seus ombros
só para vê-las chorar quando o tambor pára de tocar,
e o poeta adormece, e a poesia hiberna, e a primavera desaparece.

E então o menino deus poeta volta a tocar.
E o amor ressurge das chuvas.
E renascem as deusas, as flores, os aromass, as estrelas do céu,
a alma da natureza renasce
e a poesia diz o primeiro verso de amor na boca do poeta.

Carmen Regina Dias

Imagem: google

Imagem: google

A autora pelo olhar da poeta

Carmen: poeta, publicitária, atriz, arrumadora de versos, encantadora de palavras e jardineira, quase uma camponesa.

Ora brisa, ora vendavais uivantes, ora imperceptível aragem, o tempo todo movimento e mudança na paisagem…

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