Hoje, num arranha-céu de saudades, feito estrelas que passeiam pelo universo, escorreu outono pela minha janela. E de longe, feito um pretérito nostálgico, avistei as flores que eram banhadas pela chuva… Chuvas de outono com aromas de inverno. Chuvas coloridas. Gotas de sentimento! Chove estrelas, e a derme abraça o outono que reinventa cores
Quero apenas um gesto, um olhar, um suspiro… Quero apenas uma palavra ou, simplesmente uma linha daquele teu poema. Quero sentir cada verso teu, e mesmo não sendo meus, na minha doce ilusão, quero absorver todas as tuas palavras que, num imaginar profundo, penso serem escritas para o meu deleite. Quero desejar-te.
De agora em diante escreverei carta de amor, sonetos de saudade e todas as teorias impossíveis de um sentimento real no imaginário do ser… Hoje, somente hoje, escreverei folhas ao avesso. Amanhã, talvez, estarei à sua janela numa serenata de versos clichês… De agora em diante serei eternamente sua num
Aos poucos adapto-me aos mesmos lugares; aos poucos acostumo com a solitária letra, aquela, que escorre entre os olhos. Aos poucos redescubro-me fora de mim. Pouco a pouco, bem devagar, redescubro-me do lado de dentro, no íntimo daquele mundo, que rabisquei antes de partir. As minhas asas? Quebraram antes que
A chuva veio rasgou as árvores levou a luz molhou a terra rodopiou tempestades. A chuva veio deixou o vento levou o lamento. A chuva veio enquanto eu brincava com o tempo… Suzana Martins – 01/2015 Imagem: tumblr