Mágoas, / cicatrizes expostas. / O sangue a jorrar / pelos olhos, / alma, / boca, / poros...
Poema
O coração fora da página, além do verbo, a pulsar no meio da palavra abstrata. O sentir a evaporar pelos poros de toda minha existência.
Quebrada, em ruínas / fracionada / em retalhos / abandonada entre / o verbo e o pronome / perco-me nas fissuras / do meu existir / no deserto / de todas as emoções / meu frágil ser / aspira o cheiro / salgado que esvai de mim.
Maio insinua / detalhes do / horizonte a viajar / pela imensidão sem / levantar os pés.
Quando as letras pulsam nossas metamorfoses atmosféricas.
A poesia esquecida no antiquário rendeu alguns versos empoeirados e outras palavras lúdicas.