Há poemas na chuva/ insistente, /no frio ardente /e no abraço vazio /que, num suspirar /de saudade, /provoca arrepio.
Poema
O sal sucumbia / memórias minhas /letras transeuntes /de minha essência dolorida. /A alma exposta
revela nua /a salgada ausência /dos verbos /que derramei /fora de mim.
Eu sou um desafio diário, / sou veneno sem antídoto conhecido. / Eu deixo as cartas na mesa, /
rasgo os versos e não deixo /
margem para subterfúgios.
Só reverencio aquilo que arrepia a derme, que faz pulsar os poros e que evapora todos os aromas do sentir.
Mulher matéria, /
substantivo e verbo, /
concreta e abstrata, /
subjetiva, viva, /
Mulher!
Fez-se primaverano detalhe do verso,no pólen,nas pétalas tatuadase na delicadeza suaveda brisa que amanheceem flor. Fez-se poesiana nuance primaverildo poema e noaroma delicado do orvalhoque desfila pelo quintal. Fez-se primaveraà flor do poemadedilhado na peleem pétalas de amor. Fez-se versona miudeza da rosano sopro do verbo eno equinócio perfumadoque acabou